Retorno & novidades

Depois de muito tempo sem aparecer por aqui, decidi que nesse ano de 2019 retomarei, de alguma forma, esse exercício da escrita e de compartilhar experiências profissionais e pessoais de forma mais estruturada. Talvez seja uma continuação desse blog, a princípio sim.

Afinal, as próximas experiências sempre serão, de alguma forma, uma continuidade daquilo que eu consegui compartilhar aqui.

Pra quem não me acompanha em outros canais e perdeu alguns capítulos: após me formar em Setembro de 2016, retornei ao Brasil e fiquei em Belo Horizonte alguns meses. Em 2017 me mudei para São Paulo e pouco tempo depois consegui um trabalho em um escritório renomado por aqui.

Update: o quase fim do fim (thesis semester!)

Quem me acompanha aqui já deve ter desistido pela falta de updates – eu sei que sumi mas calma, tudo tem uma razão: esse é meu último semestre do curso! Meu curso de mestrado tem 2 anos e meio mas são feitos em 2 anos: o último semestre é feito no verão o que significa que em breve me formo.

Maquetes em exposição como parte dos trabalhos de Thesis

 

Detalhamento Obssessivo Compulsivo

Finalmente chegou o fim do semestre e como vocês podem perceber pela minha ausência, foi intenso. A verdade é que conciliar estágio com aulas nos EUA não é brincadeira.

Desenhos finais na parede (aprox. 1,3m x 1,8m)

Pra abrir aquela clássica série de postagens sobre o trabalho final, vem o trabalho da matéria Advanced Project Delivery, que eu descrevi no começo do semestre. Cada estudante recebeu um projeto real e construído para estudar. O objetivo é perceber que cada edifício é composto de muitas partes que devem trabalhar juntas para a experiência estética e também para a funcionalidade do edifício.

A torre dos dez mil paineizinhos

Na continuação do projeto desse semestre, tivemos que desenvolver a volumetria mais um pouco e depois continuar a incorporar novas regras, com a mesma idéia de regras simples que gerem o máximo de complexidade, para aprofundar o projeto. Após estabelecer uma volumetria final que preenchesse melhor o terreno, fosse mais alta e tivesse um pouco mais das características que pareciam ter potencial, como detalhe e rugosidade e variação de área a cada nível para criar terraços e sombreamento, utilizei as superfícies da massa para estabelecer proporções entre cheio e vazio. A idéia é que essa casca – formada pelos ‘cheios’ – seria também a estrutura, mas desafiando a lógica da continuidade estrutural numa estrutura descontínua que muda de direção constantemente. Esses elementos ainda adicionariam novas qualidades espaciais aos interiores e exteriores, e uma falta de uniformidade intencional na distribuição mostra as diferentes – e infinitas – possibilidades de recombinação do sistema.

Vista axonométrica geral do projeto.

Temporada de finals: seminars Spring 2015

O semestre aqui na SCI-Arc finalmente terminou, e pra ser mais prática decidi fazer um post-resumão com as  entregas finais das outras matérias que não são de projeto, chamadas de Seminars. Em fevereiro falei um pouco sobre cada matéria, e exceto a de Urban Culture, que a entrega final é um texto, as outras todas tiveram produtos visuais.

Uma das galerias da SCI-Arc, com exposições de matérias diversas.

Letra e legibilidade

Além da matéria Tapeçarias Digitais, como parte do meu ajuste de currículo estou cursando uma matéria de desenho do primeiro ano de mestrado. Nessa matéria as investigações sobre geometria, legibilidade de forma e métodos para alterar formas. Durante o semestre desenvolvemos uma série de exercícios de desenho sobre grids, alterando o grid e com isso gerando novas formas.

Forma final impressa em pó.

Tapeçarias digitais: midterms

Depois dos estudos iniciais de manipulação de imagens com o Processing, chegou o fim da primeira fase em Visual Studies. Essa semana estão em exposição aqui na escola os trabalhos que desenvolvemos para o midterm, incluindo uma estampa e um vídeo. Minha imagem inicial eram balões de ar quente. No fim tive que mudar um pouco tipo totalmente o esquema de cores pois o espaço é pequeno e a professora queria algo visualmente coerente. Também compilei um vídeo com os estudos. A impressão foi feita em tecido e colocada em uma moldura (daquelas de fazer tela de pintura).

Studio: a nuvem (final)

Esse mês voltaram as aulas aqui na SCI-Arc e finalmente posto aqui o resultados da aula de projeto do semestre passado que vocês acompanharam em posts anteriores.Agora que passou a loucura de adaptar ao novo horário espero conseguir voltar a postar com frequência.

Resumindo, a proposta da matéria foi projetar uma sede do Google em Barcelona, em uma área que recentemente recebe muitos novos investimentos e novas construções. A teoria que foi utilizada foi Object Oriented Onthology, uma idéia recente sobre como a arquitetura não é apenas relacionamentos de partes com o todo, mas também relacionamentos entre as partes (ou todos). Segundo essa teoria, um todo é constituídos de outros objetos inteiros e não partes de objetos. A idéia é trabalhar então com objetos distintos mas de maneira que eles se modifiquem uns aos outros sem perder seu próprio caráter, formando um novo objeto mas ainda de forma a se poder identificar que esse novo objeto é feito de objetos menores.

Render – vista aérea do projeto. Modelagem em Maya 2015 e render com MentalRay.

O abraço dos balões: capítulo final

Eu sei que ando bem sumida, mas fim de semestre a gente acaba desaparecendo do mundo. Essa semana já aconteceram os exames e apresentações finais de algumas das matérias, incluindo Advanced Computation 1. Já mostrei aqui e aqui como foram as etapas anteriores do trabalho, e a etapa final nada mais foi que uma continuação do que estávamos desenvolvendo. O objetivo da matéria foi trabalhar como noções de 3D e 2D, e cores e texturas sobre diferentes materiais.

Workshop de Introdução ao Design Digital

Um dos aspectos mais fortes da SCI-Arc é o modo como a escola abraça a tecnologia e usa isso em favor de desenvolver novos processos e jeitos de pensar arquitetura. Uma das coisas que notei andando pelo campus esses dias (post sobre isso virá em breve) é que muitos alunos possuem seu próprio computador desktop que fica no studio permanentemente, um sinal de como as coisas aqui são baseadas em meios digitais. Portanto, os alunos dos MArch 1 (o mestrado de arquitetura de 3 anos, voltado para não-arquitetos) têm desde o começo contato com ferramentas digitais, e para suprir esse gap, alunos entrando no segundo ano do MArch 1 (eeeu!), alunos de MArch 2, e dos programas de pós (ESTm e SCI-FI) têm que participar do workshop Introduction to Digital Design, que consiste de 7 dias de aula o dia todo para ganhar familiaridade com alguns dos programas usados na escola: Maya e Rhino.

O workshop começou dia 18 de agosto, antes mesmo das orientações para novos estudantes, e terminou dia 26 de agosto com uma pequena exposição. Para a exposição, desde o primeiro dia, tivemos que experimentar as novas ferramentas já seguindo um roteiro de trabalho específico para ter tudo pronto na sexta (mas adivinhem que ficou o fim de semana fazendo coisas?). Trabalhamos com desenho de linhas, modelagem de volumes e renderização. Depois, usando o Rhino e o Illustrator (e um tiquim assim ó, de Photoshop), preparamos os desenhos para a apresentação final.

Avaliação dos trabalhos na exposição final.