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A torre dos dez mil paineizinhos

Na continuação do projeto desse semestre, tivemos que desenvolver a volumetria mais um pouco e depois continuar a incorporar novas regras, com a mesma idéia de regras simples que gerem o máximo de complexidade, para aprofundar o projeto. Após estabelecer uma volumetria final que preenchesse melhor o terreno, fosse mais alta e tivesse um pouco mais das características que pareciam ter potencial, como detalhe e rugosidade e variação de área a cada nível para criar terraços e sombreamento, utilizei as superfícies da massa para estabelecer proporções entre cheio e vazio. A idéia é que essa casca – formada pelos ‘cheios’ – seria também a estrutura, mas desafiando a lógica da continuidade estrutural numa estrutura descontínua que muda de direção constantemente. Esses elementos ainda adicionariam novas qualidades espaciais aos interiores e exteriores, e uma falta de uniformidade intencional na distribuição mostra as diferentes – e infinitas – possibilidades de recombinação do sistema.

Vista axonométrica geral do projeto.

Vista axonométrica geral do projeto.

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Temporada de finals: seminars Spring 2015

O semestre aqui na SCI-Arc finalmente terminou, e pra ser mais prática decidi fazer um post-resumão com as  entregas finais das outras matérias que não são de projeto, chamadas de Seminars. Em fevereiro falei um pouco sobre cada matéria, e exceto a de Urban Culture, que a entrega final é um texto, as outras todas tiveram produtos visuais.

Uma das galerias da SCI-Arc, com exposições de matérias diversas.

Uma das galerias da SCI-Arc, com exposições de matérias diversas.

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Update: novo ano, novo semestre

As aulas aqui na SCI-Arc já voltaram faz um tempinho – recomeçamos em 12 de janeiro (e parece uma eternidade) – com um semestre ainda mais intenso. Esse semestre estou mais animada porém, visto que os temas abordados são menos técnicos e mais coerentes com meus interesses e o que me motivou a escolher a escola. Estou cursando 5 matérias, sendo uma delas um ajuste no currículo – quando entrei tive que ‘transferir’ créditos equivalentes ao primeiro ano do curso e ficou faltando um pouquinho – e as outras 4 normais desse semestre.

Uma coisa que nunca falei aqui mas acho importante e ajuda a entender um pouco a estrutura da escola é que as matérias são divididas em quatro categorias: studio (projeto); visual studies (estudos de forma e técnica); cultural studies (história e crítica) e applied studies (matérias sobre aspectos técnicos). Assim, temos um currículo integrado buscando o equilíbrio entre essas quatro áreas, sempre incorporando idéias e tecnologias novas. O interessante é notar que visual studies não é uma categoria necessária aos critérios técnicos do NAAB (o ‘conselho’ que permite que uma escola ofereça diplomas profissionalizantes ou não), mas ainda assim é uma das mais valorizadas aqui. Essas matérias em geral têm componentes teóricos e práticos e costumam fazer reflexões sobre aspectos estéticos – linha, cor, forma, figura, textura – usando software e técnicas de fabricação avançadas. A metodologia é discutível, mas é interessante ver o tanto que os estudantes aqui avançam – e a velocidade com que avançam – por termos essa ênfase, desde o início do curso, em métodos digitais. Vejo que os projetos evoluem mais, e o aprendizado de software e técnica durante o semestre não atrapalham em nada, mesmo que muitas vezes seja um processo quase auto-didata – as aulas são bem básicas e cabe a nós pensar maneiras de aplicar as ferramentas apresentadas.

Imagem produzida com Processing. Clica que vai pra original.

Imagem produzida com Processing. Clica que vai pra original.

 

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Análise solar com Ladybug e Grasshopper

Um dos temas mais falados em arquitetura hoje em dia é sustentabilidade, e sustentabilidade, apesar de um conceito extremamente amplo, tem muito a ver com o clima. Não basta usar os sistemas mais eficientes, mas sim escolhê-los de acordo com o clima local – às vezes por exemplo o ar condicionado é usado mas o problema do calor poderia ser resolvido de outras maneiras. Pra aula de Environmental Systems II, em que o foco é dado a sistemas ativos, nosso primeiro trabalho foi projetar um sistema de painéis fotovoltaicos para um edifício icônico. A idéia era não só ganhar habilidades em ferramentas mas também entender como o clima faz ou não um sistema desse viável e o desafio de instalar esses sistemas em edifícios que são marca na memória e na paisagem.

Nosso grupo escolheu a Ópera de Oslo como edifício para estudos e pudemos ver os desafios da energia solar num clima extremo. Um dos requerimentos para os cálculos era usar de referência a possibilidade da obrigação de edifícios terem que atender a normas de Net Zero Energy Building (edifícios com saldo energético zero na rede) e investigar se isso seria atingível apenas com painéis fotovoltaicos. As ferramentas utilizadas foram o Rhino e Grasshopper/Ladybug.

Ópera de Oslo. Imagem do site dos arquitetos.

Ópera de Oslo. Imagem do site dos arquitetos.

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