Guia LA: visitando a casa Hollyhock em Hollywood

Uma das coisas que existem em abundância em Los Angeles são casas maravilhosas – a indústria cinematográfica atraiu pessoas com muito dinheiro e consequentemente arquitetos e arquitetas com muita criatividade. Uma dessas pessoas foi Frank Lloyd Wright, arquiteto americano que revolucionou a área e inspira jovens até hoje a começar seus estudos em arquitetura e design.

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Casa Hollyhock num dia de verão.

Frank Lloyd Wright projetou alguns dos edifícios icônicos da cidade como a Casa Ennis e a Casa Hollyhock sendo que a última é aberta ao público. Localizada no Barnsdall Art Park, a Casa Hollyhock, que recebe esse nome em homenagem à flor favorita de Aline Barnsdall, quem inicialmente encomendou o projeto.

Aline Barnsdall teve a ideia de usar sua propriedade para construir um complexo cultural onde ela moraria, receberia artistas e haveria eventos abertos ao público porém apenas uma parte do complexo original foi construída, incluindo a casa principal e duas casas de hóspedes. Durante a execução do projeto, no entanto, ela se desentendeu com Frank Lloyd Wright e pouco tempo depois do final da obra, concluída em 1921, decidiu doar a propriedade à cidade de Los Angeles em 1927 com a condição de que ela pudesse morar numa das casas de hóspedes e que o local se tornasse um parque dedicado às artes – proposta que foi aceita e hoje o Barnsdall Art Park conta com a casa original, aberta a visitação além de áreas para exposições, cursos e eventos, algumas que foram construídas décadas depois da obra original.

A casa faz parte de um estilo em concreto que Frank Lloyd Wright criou para algumas de suas edificações em Los Angeles e lembra as arquiteturas Maia e Japonesa. Para aproveitar o clima ameno cada cômodo da casa tem um equivalente externo – cada cômodo tem acesso para o exterior fazendo com que haja abundância de iluminação indireta e ventilação natural. Os detalhes da casa imitam a famosa flor que Aline Barnsdall amava mas a casa não tem os blocos de concreto pré-fabricados que Wright introduziu em designs posteriores.

A primeira vista a casa é impressionante por estar no topo de uma colina sem edificações muito próximas a ela. Mesmo com as cercas que foram colocadas posteriormente a sua construção, a riqueza de detalhes e o equilíbrio formal são muito agradáveis. O trabalho de execução dos detalhes é impressionante e não pude deixar de tentar imaginar como as fôrmas do concreto devem ter sido feitas (!).

No interior da casa não são permitidas fotos, mas realmente se nota que cada cômodo tem um equivalente do lado de fora. A planta é bem livre e mesmo num dia quente de verão a temperatura e a iluminação da casa estavam ótimas. Infelizmente várias áreas da casa estavam fechadas para adaptações de acessibilidade (na impossibilidade de se colocarem rampas a prefeitura só vai liberar a visitação a essas áreas quando ficarem prontos vídeos para que pessoas com necessidades especiais possam conhecer as áreas também).

A visita à casa em si não é guiada, mas há tours do lado de fora com preço incluso no ingresso. Dentro da casa há guias que sabem não só sobre a Hollyhock como também sobre outras obras de Frank Lloyd Wright.

Por ser um parque público dedicado às artes o lugar é ótimo de visitar e super acessível por transporte público. A entrada custa 7 dólares e o acesso é feito pela estação Vermont/Sunset da linha vermelha do metrô.

Para mais informações visite o site oficial, em inglês aqui.

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